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Evento reúne profissionais do RH e de medicina do trabalho para debater a saúde das pessoas nas organizações

21 de setembro de 2017


A ABRH Paraná em parceria com a Associação Paranaense de Medicina do Trabalho (APAMT) realizou no último sábado (16) o 1° Encontro Paranaense de Medicina do Trabalho e Recursos Humanos, na Associação Médica do Paraná. O evento teve como propósito discutir como as pessoas estão reagindo aos fatores internos e externos de estresse que afetam suas saúdes física e mental. E, também, de que forma as organizações podem se prevenir e serem proativas para identificarem casos de risco.

 

O encontro durou o dia todo com quatro blocos de palestras, com duas abordagens, do ponto de vista do RH e do profissional de saúde ocupacional. Mais de 100 pessoas prestigiaram o evento que teve a abertura feita pela presidente da ABRH-PR, Susane Zanetti, e pelo vice-presidente da APAMT, João Carlos do Amaral Lozovey. “De imediato identifiquei a importância de falar sobre o assunto, de promover a atuação conjunta entre os profissionais de saúde ocupacional e de recursos humanos. É algo preponderante, muitas vezes há um hiato nessa relação”, disse Susane. Por sua vez Lozevey citou as atividades de saúde ocupacional e lembrou que “qualquer deslize, de qualquer uma das partes, pode colocar em risco toda a estrutura empresarial”. O encerramento foi feito pelo doutor Lozevey e pelo diretor da ABRH-PR, Gilmar Andrade.

 

O primeiro painel do dia foi “Ansiedade, depressão, bipolaridade. Convivência de transtornos de humor no ambiente de trabalho”. Diretora de Voluntariado da ABRH-PR, Arlete Zagonel mostrou que os fatores que impulsionam os riscos de saúde nas organizações são o ambiente externo, a empresa e o perfil individual. Ela também apontou quais os fatores de riscos para doenças psicossociais e os seus gatilhos. “Os fatores são carga desequilibrada, clima ruim, cobrança exagerada, processos estressantes, sensação de instabilidade e indefinições”, disse.

 

Pessoas que já estejam doentes mentalmente revelam através de sinais, que podem ser observados nas empresas. Alguns deles são: baixa produtividade, alteração no desempenho, absenteísmo, burnout, atrasos, alteração na aparência e nas emoções, comportamento nervoso frequente, excesso de atestados médicos e acidentes de trabalho. Informações das áreas de Recursos Humanos e do setor de Medicina e Segurança do Trabalho também contribuem para fornecer o diagnóstico. O ideal é a empresa possuir um ambiente de trabalho justo e compatível com a realidade dos seus colaboradores e, assim, prevenir as doenças.

 

Representante da APAMT, Juliano Trotta trouxe um dado bastante interessante do cálculo do algoritmo da saúde. “O algoritmo de saúde possibilita verificar o quanto é possível prevenir, ser previsível com o risco que há na saúde de uma pessoa. Já há algoritmos calculados por meio de dados de redes sociais, de multas aplicadas, de uso de farmácia é possível saber como será o sinistro dessa pessoa”, completou.

 

O debate sobre a relação dos colaboradores do RH e da área de Saúde Ocupacional levantou elementos importantes. Um deles apontado pelo palestrante Maurício Gonçalves, que fez uma reflexão sobre as prioridades do RH com relação ao orçamento, em detrimento à engenharia de segurança. “O que é necessário para manter a vida, a saúde e a subsistência biopsicossocial do funcionário. Cortar investimentos em equipamentos vencidos pode afetar este equilíbrio.  Ser econômico com a vida pode ser uma relação perigosa. Por exemplo, gasta-se mais de milhão para a compra de uma máquina ou para a realização de eventos, mas corta-se 50 mil reais para adquirir EPIs”, enfatizou. Seu propósito foi mostrar que o planejamento de segurança também é um fator importante na definição do planejamento orçamentário. O painel, denominado “Intercâmbio de dados de colaboradores entre RH e Saúde Ocupacional: respeito aos limites éticos com efetividade nos processos”, ainda teve a participação de José Francisco Suriano.

 

Na sequência houve o painel “Como trabalhar com a sinistralidade dos planos de saúde de maneira sustentável?”, com Dante Lago; e para fechar o dia o tema Mapeamento do perfil de saúde, absenteísmo e afastamentos laborais: do levantamento às entregas”, que teve a participação do diretor do Espaço de Desenvolvimento da ABRH-PR, Yonder Kou. Ele mostrou que há vários assuntos atuais que impactam no absenteísmo e fez uma relação com o Big Data, por entender que as organizações possuem fontes muito rica de informações para a tomada de decisões. “A evolução da informática ajudou a humanidade a processar e armazenar uma quantidade de dados jamais imaginada pelo homem. Principalmente nos últimos anos, surgindo ferramentas e algoritmos que analisam quantidades imensas de informações”, disse.

 

Ele ainda revelou que muitas empresas podem analisar esses dados de maneira simples.

Mostrou  o case de uma empresa que enviou um formulário com perguntas básicas para todos os funcionários da área operacional. O retorno foi rápido e muito bem aceito pelos colaboradores, em uma semana obteve o retorno de 93%. “Com o resultado, a área medica, mostrou para a diretoria quais seriam as ações mais estratégicas. Tivemos tanto surpresas negativas, quanto positivas no levantamento, mas que sem o estudo,  adotaríamos ações com baixa efetividade”, complementou. Nesse painel ainda houve a palestra de Jean Alexandre Vieira.

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