84% dos jornalistas são contra fim da obrigatoriedade do diploma, aponta pesquisa

25 de junho de 2009


Os jornalistas são contra o fim da obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão. Uma pesquisa feita pela Escola de Comunicação do Comunique-se mostra que 84% dos profissionais formados em Jornalismo discordam da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com a obrigatoriedade, como ilustra o gráfico ao lado.

Foram colhidas em âmbito nacional as opiniões de 682 pessoas da área de comunicação – estudantes e profissionais não-diplomados, inclusive. Considerando todos os respondentes, o percentual dos que são contrários à decisão do STF é similar: 78%. O estudo seguiu os procedimentos de metodologia científica.

A pesquisa abordou, ainda, o impacto que as pessoas acreditam que a decisão terá em suas vidas profissionais e no papel das faculdades de Jornalismo. Veja na tabela abaixo a síntese das conclusões a que chegou a pesquisa.

Apenas 11% dos jornalistas formados e dos estudantes de Jornalismo concordam com a decisão do STF. Outros 5% são neutros e 84% são contra, como informou o início da reportagem.

Entre profissionais sem formação em Jornalismo – e que já atuam em Comunicação – as opiniões se dividem: 45% aprovam e 42% reprovam o fim da obrigatoriedade do diploma. De cada 10 jornalistas formados, 5 acreditam que vão sofrer impacto negativo em suas carreiras e 4 entendem que não haverá impacto no mercado. Apenas 1 está otimista. Em linhas gerais, existe a seguinte relação: quem concorda com a decisão do STF acredita que o mercado não sofrerá nenhum impacto com ela. Quem discorda do STF entende que ou o impacto será negativo ou não haverá impacto. A maioria dos entrevistados (66%) pensa que o curso de Jornalismo vá perder importância com o fim da obrigatoriedade do diploma. 22% acreditam que nada vá mudar para as faculdades. 9% acreditam que as faculdades ganhem força. 3% não opinaram. Essa proporção é similar em todos os perfis de entrevistados.

Fonte: site Comunique-se

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