A Inteligência Artificial, dados e protagonismo humano foram abordados por Fabrício Lira, Head Of Data And Artificial Intelligence – IBM. “Não é de hoje que queremos interagir com as máquinas como se fossem seres humanos e criar uma relação social com elas”, constata. “A Inteligência Artificial não é um fato novo. Ela está presente na humanidade desde a década de 1960 e ganhou impulso muito forte na época do Big Date e avanço do processamento computacional”, observa. Lira participou do primeiro dia do Viasoft Connect 2020.
Hoje, prossegue Lira, a IA evoluiu muito. “Estamos na era da computação cognitiva. As pessoas utilizam AI para chamar um carro de aplicativo, localizar um lugar pela ferramenta Maps, em jogos on-line, para acessar dados bancários, a medicina utiliza na área de diagnóstico e imagem. Ela está embarcada em inúmeros aparelhos e até em automóveis”, descreve. Mas garantiu: “AI não é mágica. É um conjunto de capacidades que, agrupadas, geram uma série de soluções em benefício das pessoas e oferecem interfaces mais humanizadas com maior interação”.
Em um mundo cada vez mais conectado, a AI vem transformando a vida das pessoas e a resolvendo problemas comuns à sociedade, pontua Lira, destacando que é uma explosão de dados, informações e novas alternativas de consumo, de serviços que impactam a vida. Acentuou que 2020 é o ano em que as empresas escalam AI para transformar seus processos de negócios. “A AI é um catalisador da transformação digital e o ser humano é o protagonista”, frisou.
Lira salientou que as empresas precisam desenhar e construir um modelo operacional, transformar e adotar medidas apropriadas para Data Foundation e ser confiável, transparente e explicável. Uma pesquisa da IMB com 4.500 empresas apontou que 75% dos negócios estão implantando AI e 47% planejam ter AI em toda a empresa. O levantamento também indicou barreiras como, por exemplo, a falta de talentos, a complexidade e silos de dados e carência de ferramentas para aplicar os modelos. Ressaltou que a cadeia de valor de IA nasce em governança, coleta, organização, exploração e infusão de tecnologia.
De acordo com ele, a tecnologia vem desempenhando um papel fundamental na transformação dos negócios. Os últimos anos foram marcados por inúmeros avanços no uso de dados e inteligência artificial pelas empresas nos processos de transformação digital. E citou alguns elementos que considera principais para a escolha de uma plataforma e arquitetura para implantar a IA: modernização de dados e orquestrar Data Center e novas tecnologias num ambiente híbrido.
Lira afirmou que o desafio para as empresas é imenso, mas com muitas possibilidades e oportunidades, porque a IA e os dados são os combustíveis para este novo mundo, com uma transformação digital acelerada, mas com a capacidade de adaptação das organizações estimulada, gerando criatividade e negócios.
Ao finalizar sua apresentação, Lira disse que “as empresas devem escalar IA de uma forma estruturada dentro do seu negócio para beneficiar gerações futuras, trazendo um mundo menos desigual, mais inclusivo e para o bem-estar de todos, e promovendo o que é correto, justo e acessível”. Lembrou o pensamento de Fei-Fei Li, cientista chinesa e professora na Universidade Stanford: “Com orientação adequada, a IA tornará a vida melhor. Mas sem isso, a tecnologia pode ampliar ainda mais a desigualdade, tornar a tecnologia ainda mais exclusiva e reforçar os preconceitos que passamos gerações tentando superar”.