As ciências forenses têm em sua essência a busca por vestígios e provas que permitam encontrar indícios referentes à autoria de um crime. Esse cuidadoso trabalho de pesquisa e de análise faz com que seja muito improvável um culpado sair ileso por um crime, independentemente de sua natureza.
No entanto, em um passado não muito longínquo (anos 70), os peritos criminais ainda não tinham à mão bancos de dados que dessem subsídios para serem mais assertivos e céleres em suas investigações.
Um exemplo disso é citado na nova série da Netflix, The Serpent. Baseados na história real do serial killer Charles Sobraj, os episódios mostram como ele conseguia persuadir suas vítimas e envenená-las, roubando seus pertences e passaportes.
Falsificados com maestria, permitiam à Sobraj assumir a identidade de turistas de diversas nacionalidades, viajando pelo mundo em uma série de furtos e assassinatos, sem ser pego nas fronteiras. Seus alvos favoritos eram jovens hippies, que buscavam a Ásia para viagens de autoconhecimento. A alcunha de “serpente” marcou este personagem que, como uma cobra, era sorrateiro e agia de forma quase imperceptível – contando com a sorte, mas também com a falta de tecnologia e de conhecimento técnico da polícia da época.
Difícil imaginar um Sobraj agindo impunemente hoje em dia. Isso se deve ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia à disposição dos peritos criminais, fundamentais para um trabalho com celeridade e assertividade.