Você sabia que as instalações elétricas de um empreendimento têm vida útil aproximada de dez anos? Este aviso é feito pelo engenheiro eletricista Rolf Meyer, do CREA-PR, que relembra ainda que alguns componentes do sistema, como tomada, disjuntor, condutor com sinal de aquecimento ou isolamento danificado devem ser substituídos ou em manutenções cotidianas ou nas preventivas. “De acordo com a boa prática, é necessária uma inspeção anual e manutenção constante, além da substituição de componentes avariados ou não conformes com as normas vigentes”.
Este acompanhamento deve ser feito por um eletricista qualificado com a supervisão de um profissional habilitado, que observe as condições mínimas de segurança, com procedimentos adequados e utilização de materiais certificados pelo Inmetro, que determina tipos diferentes de instalação de acordo com o uso do ambiente.
Assim, em ambientes onde existe a possibilidade de umidade constante, ou mesmo com pisos molhados – como banheiros, lavanderia, cozinha, garagens, jardins, piscinas e saunas -, as instalações devem ser feitas observando-se as normas vigentes, para maior proteção das pessoas. “Nesses espaços são levados em consideração a questão de proteção contra choques, com o uso de proteções específicas como os DRs, dispositivos de proteção que desarmam o circuito quando alguém toca em alguma parte com tensão elétrica”, explica Meyer.
Gerenciando problemas e evitando acidentes
Para evitar acidentes, o engenheiro eletricista recomenda a utilização de fio terra em toda instalação e também de componentes de proteção contra curto-circuito (disjuntor), contra descargas atmosféricas (DPS) e contra choques (DR), bem como de produtos certificados pelo Inmetro como tomadas, condutores, fitas isolantes e quadros de distribuição, entre outros. “Em qualquer intervenção para manutenção ou mesmo na troca de uma simples lâmpada, é preciso estar seguro que o circuito foi desligado no quadro de distribuição e que não há tensão elétrica nos pontos a serem tocados. Além disso, sempre separar os circuitos de tomadas e iluminação”.
Quando o morador perceber que algo está errado, deve desligar o circuito defeituoso na caixa de distribuição ou medição e chamar um eletricista qualificado. Alguns defeitos não são visíveis, mas podem ser notados a partir do cheiro de plástico queimado (indica sobreaquecimento nos condutores, tomadas e interruptores), pino de tomada muito quente (indica uma condição de sobrecorrente no componente) ou lâmpadas piscando quando ligados determinados aparelhos (indica uma falha na instalação). “Em todas estas circunstâncias, devem ser tomados cuidados extremos ao mexer na instalação, utilizando sempre e somente mão de obra qualificada”, frisa Meyer.