Criada em 1970 a partir de uma foto tirada no Passeio Público, em Curitiba, as araras que compõem a logomarca da Gráfica Comunicare passaram por uma reformulação gráfica com o objetivo de modernizar a imagem, que simboliza a empresa desde a sua fundação. Coordenado pela g8design, o redesenho manteve os elementos essenciais e os conceitos da logomarca anterior, porém buscou um traçado mais contemporâneo e adicionou um novo conceito expresso no coração que aparece na nova marca. “Eliminamos o out-line das letras para o maior rendimento da leitura em qualquer tamanho de aplicação. Além disso, através do coração que se forma entre as araras, remetemos ao amor, capricho, atenção e compromisso da Comunicare com o seu trabalho”, explica Marcelo Pierro, diretor de criação da g8design.
A mudança mexeu com um patrimônio da empresa, que remete à história, tradição e a sua trajetória. O apego que os empresários possuem com as marcas institucionais é uma das principais barreiras para realizar a reformulação da imagem de uma logomarca. Não apenas o aspecto comercial, mas o emocional, como é o caso da Comunicare.
A idéia para a logomarca surgiu quando o diretor da empresa, Enio Manzoni, tinha acabado de adquirir uma máquina Heidelberg e queria mostrar a sua versatilidade de impressão, principalmente com as cores. “Inicialmente queríamos fotografar um pavão, então fomos ao Passeio Público, mas quando o bicho abriu as asas foi um desastre, porque o coitado estava todo machucado. Por isso, optamos por fotografar tudo o que tinha cor: tucano, arara, piriquito, canário. Ao revelar os cromos, escolhemos as araras porque elas atendiam aos quesitos de cores e passam a idéia de comunicação”, lembra Enio.
Por isso, a preocupação e o cuidado em realizar um trabalho de reformulação da marca que preserve as características primárias, mas com toques modernos. Segundo Pierro, manter a essência original é parte do processo criativo, “pelo orgulho que o dono possui da sua forma, história e proposta. No caso da Comunicare, as araras, que simbolizam o ramo policromático em que eles atuam”, afirma.