É possível prever e evitar a morte súbita?

21 de janeiro de 2020


 

 

Casos como o falecimento do modelo Tales Cotta (2019), do jogador de futebol Morosini (2012) e, mais recentemente, do pai da atriz Isis Valverde, Rubens Valverde (2020), colocam em discussão a questão da morte súbita – definida como a morte instantânea, inesperada, repentina e não acidental, de origem cardíaca – e se existiriam formas de identificar os sintomas para salvar vidas.

Segundo o cardiologista Alcirley de Almeida, Diretor de Comunicação da Sociedade Paranaense de Cardiologia, as doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Aproximadamente 400 mil pessoas morreram no último ano no país, sendo estes males os responsáveis por 30% de todos dos óbitos. “A morte súbita pode acometer indivíduos em qualquer faixa etária, mas a maior porcentagem ocorre em pessoas que já possuem alguma doença cardíaca ou que tem histórico familiar de morte súbita. Os sintomas mais comuns de uma arritmia são palpitações ou batedeira no peito, falta de ar, fraqueza, desmaios, tonturas e muitas vezes podem ser assintomáticas e ter como primeira manifestação uma parada cardíaca”, ensina Almeida, que é coordenador do programa de Residência em Cardiologia do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), de Cascavel.

Ele explica que é possível prestar socorro, uma vez que a parada cardíaca é reversível se tratada nos dez primeiros minutos com manobras de ressuscitação, principalmente com o uso de desfibrilador externo automático, que pode ser manuseado por leigos. “É importante enfatizar que 95% das mortes súbitas cardíacas ocorrem fora do ambiente hospitalar, portanto campanhas de divulgação e treinamento para a população em geral, de como reconhecer e o que fazer diante de um paciente com suspeita de parada cardíaca, podem aumentar a taxa de sobrevida”, fala. “Além disso, é fundamental adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática de atividade física regular, não fumar e realizar exames preventivos com foco na prevenção de doenças cardíacas e de arritmias”, conclui.

 

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