Além do algoritmo: a revolução humanizada da tecnologia

26 de dezembro de 2024


A revolução promovida pelo uso de tecnologias no trabalho e na vida cotidiana é um caminho sem volta. E apesar de muitas pessoas serem levadas a acreditar que o ser humano tem que acompanhar as tecnologias não é bem assim. A tecnologia é uma ferramenta que vem para somar, tornar os processos mais eficientes, e permitir mais tempo para as pessoas.

É necessário refletir sobre o papel das tecnologias modernas, como a inteligência artificial (IA) e os algoritmos, na nossa sociedade. Essas ferramentas estão alinhadas com os valores humanos? “O robô não vai substituir o humano. A tecnologia está aí, os algoritmos já fazem parte do nosso cotidiano. Temos que fazer essas ferramentas ficarem mais próximas do humano. Será que as ferramentas estão seguindo algumas regras dos humanos?”, questiona Yonder Kou, profissional com experiência em liderança em recursos humanos e informática no segmento da indústria automotiva.

O profissional lembra que embora as tecnologias automatizadas estejam se tornando cada vez mais poderosas e onipresentes, é necessário humanizar as ferramentas para que sirvam para o benefício humano de maneira ética e significativa. “Como tornar a ferramenta mais humana, para que a tecnologia trabalhe para os humanos e esteja alinhada com os mesmos valores que o ser humano? Por isso falamos da ética. Precisamos ter certeza que isso é considerado na concepção da ferramenta, colocar algumas regras e normas”, pondera Kou.

Princípios para humanizar

Yonder Kou, que mediou o painel “Além do algoritmo: a revolução humanizada da tecnologia” durante o XVII Conparh (Congresso Paranaense de Recursos Humanos) realizado em março pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seção Paraná (ABRH-PR), destaca seis tópicos para avaliar a humanização da tecnologia: ética, design centrado no humano, impacto social positivo, interação humano-máquina, privacidade e segurança, e sustentabilidade.

Ética englobando responsabilidade, transparência e regulamentação. “Os desenvolvedores de tecnologia precisam garantir que seus produtos sejam utilizados de maneira ética e responsável. Isso inclui a transparência em como os dados são coletados e usados, bem como a garantia de que os algoritmos não perpetuem preconceitos ou desigualdades”, pontua Kou. Ele ainda destaca a promoção do impacto social positivo, por meio de educação digital e capacitação para que mais pessoas possam participar ativamente da economia digital e beneficiar-se das novas tecnologias.

“Há um grande medo de que as ferramentas substituam o homem. Vai substituir algumas funções, mas, por outro lado, terão outras atividades e possibilidade das pessoas terem mais tempo para serem mais criativas, produtivas. É um movimento de humanização da tecnologia”, explica Yonder Kou.

“É um caminho sem volta. As tecnologias estão aí. O desafio é saber como as ferramentas de tecnologia podem ser aplicadas de forma mais humana possível”, finaliza Yonder Kou.

Para mais dicas de gestão e informações sobre o mundo de Recursos Humanos, acesse: https://abrh-pr.org.br/.

 

Contato