Brasil precisa estudar melhor as regiões costeiras antes de construir

20 de dezembro de 2021


O tema “Engenharia Costeira” direcionou a palestra do Eng. Civil e Doutor Eduardo Felga Gobbi na grade desta quinta-feira do 26º CBENC.

“Tudo que for construído na região costeira precisa ser muito bem estudado. É fundamental conhecer os forçantes para poder avaliar os problemas, que são os mesmos das demais regiões, somados às correntes oceânicas, de maré e de deriva litorânea. Tudo isso vai ser importante para o dimensionamento das estruturas nestas áreas”, explicou.

Para ele, é preciso adotar no Brasil “a boa Engenharia”, como vista em diversos projetos costeiros ao redor do mundo. “Temos de fazer desenvolvimento com conhecimento. O comprimento da onda é crucial para a definição de qualquer estrutura costeira. Em cada lugar da praia a onda vai ser diferente, devido aos refletores. Por isso, é preciso calcular o transporte de sedimentos em cada lugar ao longo do ano, por meio de um modelo matemático, antes de decidir o que se pode ou não construir em cada área”, afirmou, citando como exemplo a cidade de Fortaleza, que se desenvolveu sobre dunas da região e hoje luta contra o depósito de sedimentos no porto local.

O 26º CBENC é organizado pela Associação Brasileira de Engenheiros Civis (ABENC) e acontece até amanhã (17/12) na sede do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP).

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