Desafios na crise e como se preparar para a retomada após a Covid-19

24 de abril de 2020


Na última segunda-feira (20), o SETCEPAR e a Fundação Dom Cabral (FDC), realizaram um encontro através de videoconferência para discutir os desafios e alternativas para a crise e como se preparar para a retomada no setor de transportes após a Covid-19.

O diálogo foi mediado pelo professor Carlos Arruda, diretor da FDC, que interagiu com figuras importantes do segmento, entre eles o Secretário Executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, o coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da FDC, Paulo Resende, o diretor-executivo da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Bruno Batista, entre outros.

“Vamos ter que olhar para o resto do mundo para termos noção sobre quando ocorrerá essa retomada. O comportamento do vírus determinará como a nossa economia será guiada.  Mas uma coisa é certa: não podemos ficar presos nos nossos paradigmas anteriores daqui para frente”, comentou Paulo Resende no início do encontro.

 

“A situação atingiu os empresários como um meteoro, ninguém estava esperando. Nossas avaliações observam que os empresários ainda estão tentando atender a situação e como agir diante disso. As empresas começaram o ano otimista, mas foram surpreendidas. Além disso, estão com dificuldade de mostrar um equilíbrio financeiro para oferecer como garantias”, concordou Bruno Batista momentos depois.

 

O diretor executivo da CNT também apresentou dados de uma pesquisa que indicava a saúde financeira das empresas para enfrentar o delicado momento. Mais de 50% das instituições revelaram que teriam condições econômicas para apenas mais um mês nas atuais circunstâncias, enquanto 14% sinalizaram ter saúde econômica para mais dois meses. Apenas 7% indicaram ter fôlego para um período mais longo (seis meses) na atual crise.

 

“Acredito que as empresas devem usar todas as medidas disponíveis da MP 936 de imediato. Depois desse momento, também será um período de reestruturação e recapacitação das próprias instituições. A hora é de ‘segurar as pontas’, ganhar fôlego e depois tratar da capacitação e reestruturação para esse mundo novo que virá pós-covid”, complementou Batista.

 

O Secretário Executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, destacou três frentes de atuação do governo frente à pandemia: combate direto à Covid-19 através do fornecimento de equipamentos de proteção e condições mínimas para os profissionais; cumprimento da agenda de concessões e privatizações, estruturando para viabilizar os leilões; e planejamento de programas para reverter a situação no pós-crise.

 

“Neste momento é essencial manter o diálogo de forma constante com as empresas, já que as mudanças estão acontecendo a todo o tempo e é importante entendermos essas necessidades para tomarmos as decisões adequadas. O setor de transportes vai ter que se reinventar e a nossa intenção é andar de mãos dadas com o setor privado neste momento difícil”, finalizou Sampaio.

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