Conhecido em inglês pela sigla PMO (Project Management Office), o Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP, em português) é responsável por promover as boas práticas nas empresas, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de diversos setores internos. Dessa forma, o EGP também contribui diretamente para que as organizações alcancem um alto nível de maturidade no mercado, requisito imprescindível nos dias atuais.
Conversamos com o nosso colaborador, Marcelino Rodrigues Braga, Engenheiro de Planejamento da CRASA Infraestrutura para entender melhor a atuação do setor e sua importância para a empresa. Com mais de 20 anos de experiência em Gerenciamento de Projetos e Planejamento e Controle de Projetos, Braga participa ativamente de todas as atividades que envolvem a área, desde a fase de planejamento até a sua entrega.
Durante a conversa, ele também explicou o funcionamento da tecnologia de Modelagem de Informações da Construção (BIM), diferencial competitivo utilizado pela CRASA que permite uma visualização prévia e detalhada dos projetos.
– Poderia explicar o funcionamento do Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP) da CRASA?
O EGP da CRASA é uma entidade corporativa cuja função é desenvolver, manter e conduzir os processos, padrões e as práticas recomendadas, referentes ao Gerenciamento de Projetos e ao Planejamento e Controle de Projetos durante todo o ciclo de vida, com o objetivo de suportar tecnicamente os processos de tomada de decisão, especialmente em relação a cronograma e custos.
– Qual a importância/diferencial de ter um setor como esse na empresa?
À medida que as expectativas por previsibilidade e controle no ambiente de projetos de infraestrutura estão cada vez maiores, o mesmo ocorre com sua complexidade e restrições. Desta forma, para que os projetos sejam entregues conforme prometido, um planejamento e controle mais rígido é crucial. Sendo assim, a CRASA compreendeu que para alcançar um Planejamento e Controle de Projetos efetivo e garantir um forte alinhamento entre seus objetivos estratégicos e a execução de seus projetos, seria necessário a implantação de uma entidade corporativa denominada Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP).
– Poderia falar um pouco sobre as vantagens competitivas que o processo BIM proporciona à empresa?
O aumento da complexidade dos projetos e a crescente disparidade entre o plano e a execução, especialmente nos setores de arquitetura, engenharia e construção, levaram ao desenvolvimento do BIM. O BIM é uma forma colaborativa de trabalho que é possível por meio da tecnologia digital e envolve toda a equipe do projeto na produção de informações. Nos últimos anos, o BIM se tornou um processo essencial para facilitar a integração entre engenharia, construção e operação.
Diante disso, com a crescente disponibilidade do BIM, a CRASA através de seu EGP decidiu iniciar o desenvolvimento e utilização de uma das possíveis dimensões do BIM, o BIM 4D, que combina o modelo BIM 3D (geometria) com o modelo de Cronograma do Projeto (tempo). O BIM 4D melhora a forma de visualizar as informações do projeto, proporcionando uma visão mais completa das interações e sequências de atividades. Ele permite a visualização do projeto e os principais resultados dele ao longo do cronograma.
Com a ajuda do BIM, as equipes de projeto podem realizar seus trabalhos com maior precisão. Por meio de fluxos de trabalho digitais confiáveis, profissionais de planejamento e cronograma, profissionais de gerenciamento de custos e gerentes de projetos podem todos desempenhar seus próprios papéis na transformação do processo de construção.
Marcelino Rodrigues Braga é Engenheiro de Planejamento da CRASA Infraestrutura. É bacharel em Engenharia com MBA em Gerenciamento de Projetos e possui mais de 20 anos de experiência na área, atuando também com o Planejamento e Controle de Projetos. Possui certificação como Profissional de Gerenciamento de Projetos (PMP), Profissional de Gerenciamento de Cronograma (PMI-SP) e Profissional de Gerenciamento de Riscos (PMI-RMP) pelo PMI.