Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, e único latino-americano a conquistar a medalha de Pierre de Coubertin, o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro falou sobre sua trajetória, nesta quarta-feira (21), no primeiro dia do Viasoft Connect 2023.
Aos 53 anos, o paranaense de Cruzeiro do Oeste ficou mundialmente famoso não só pela sua história, mas também por um ato de coragem e resiliência. Em 2004, ele liderava a maratona olímpica e restavam pouco mais de sete quilômetros para a chegada, quando o ex-padre irlandês Neil Horan invadiu a pista dos atletas e empurrou Vanderlei para fora. Com a ajuda do grego Polyvios Kossivas, Vanderlei retornou à corrida.
Muito abalado, ele perdeu um pouco a concentração, mas rapidamente tomou o foco e chegou em terceiro lugar, comemorando bastante a conquista. A superação lhe rendeu a medalha de Pierre Coubertin, por sua esportividade e espírito olímpico. Para o ex-atleta, isso foi a coroação de anos de luta e dedicação.
“Cada quilômetro corrido foi um fio de cabelo perdido. Mas feliz daquele que tem uma história para contar. Eu me desafiei e desafiei todo um ambiente para vencer”, destacou.
A volta por cima na maratona em 2004, no entanto, não foi o maior desafio da vida de Vanderlei Cordeiro. Desde muito pequeno o atleta precisou lutar com as dificuldades. Ainda criança, trabalhou na colheita de cana de açúcar e somente quando adolescente se dedicou ao atletismo.
“Cada vez que via um obstáculo difícil de superar, eu acabei caindo, mas levantava ainda mais forte. Sempre me fortaleci fazendo o que mais amei na vida. Para investir e inovar tem que ter coragem, ousar e pensar grande. Tem que sair da zona de conforto e ir para o conflito”, disse o paranaense.
“Inovar e coragem são palavras que foram muito fortes ao longo da minha carreira. A minha história foi construída através de sonhos e motivação”, acrescentou ele.
Texto: Básica Comunicação
Fotos: Fábio Ortolan, Fernando de Souza e Brunno Covello