Oscar Motomura, um dos maiores especialistas em gestão e liderança do país, com a palestra “Realidade Real e o papel indelegável de cada um de nós no Jogo da Vida”.
Fundador do Grupo Amke/Amana-Key, uma das organizações mais respeitadas no campo da gestão, estratégia e liderança de organizações complexas, Oscar Motomura destacou que é preciso ser capaz de enxergar qual realidade é real: a do jogo da vida ou dos jogos humanos.
Das ações desenvolvidas pela empresa, ele falou de um projeto que mostra os custos invisíveis de uma organização e que devem receber maior atenção dos executivos. Entre eles, citou os custos de fazer as coisas no piloto automático, da cultura de queixas e reclamações, falta de respeito nos relacionamentos humanos e excesso de reuniões.
“Trabalhar a realidade real significa conseguir revolver as questões mais relevantes da organização. É necessário se conectar com outros mundos, que têm várias realidades reais”, pontuou. “Todos nós temos uma responsabilidade grande de olhar a vida no seu todo, cheia de distorções, e fazer a diferença. Ajudar a fazer com que essa realidade efetivamente esteja evoluindo para o bem comum”, complementa.
Entre essas questões relevantes estão, por exemplo, analfabetização digital, ecológica e sistêmica, falta de competência refinada, problemas de aritmética. “É preciso ter coragem e ousadia de fazer face a “equações impossíveis” e viabilizar soluções inéditas, mobilizando a criatividade e inteligência coletivas”, observou.
Com uma palestra recheada de exemplos, Motomura falou ainda sobre a cegueira voluntária dentro da empresa. “Para resolver problemas é preciso que a organização queira enxergar a realidade. Mas, por outro lado, tem a percepção da realidade que é ilusória”. Observou que é possível chegar mais perto da realidade real das organizações.
Sobre os jogos humanos dentro das organizações, Motomura afirmou que todos têm conflitos, principalmente, aqueles que envolvem cooperação versus competição. ”Por isso, temos que buscar mecanismos de integração entre as pessoas para um ambiente de trabalho saudável”.
Destacou que o jogo da vida é a busca da integração, por que essa obsessão de separação? Somos todos energias e estamos todos interconectados. O jogo da vida é transcender todo o tipo de egoísmo”.
Para finalizar, acentuou que “para elevar o nível de consciência, de buscar o melhor para si para o todo, ao mesmo tempo, é preciso transcender de si para o coletivo. O jogo da vida a sustentabilidade do bem comum contra o egoísmo coletivo. É ajustiça social e econômica, integridade ecológica, respeito a todas as formas de vida, cultura da paz, da não violência, inclusão e democracia”.
A palestra de Oscar Motomura aconteceu no XVII CONPARH, da ABRH-PR, que aconteceu nos dias 12 e 13 de abril, no Campus da Indústria, da FIEP.