O que estamos fazendo pela educação e pela profissão em prol do interesse da sociedade? Celso Roberto Ritter fala sobre convergências entre instituições de ensino e conselhos profissionais

16 de novembro de 2020


Superintendente do CREA/PR destacou que tanto a educação quanto o trabalho são direitos e bens públicos

A complementariedade entre os sistemas de ensino e os sistemas profissionais nas áreas da engenharia e geociências foi o tema da palestra de Celso Roberto Ritter na 1ª. SEPEAG DIGITAL. O superintendente do CREA-PR falou sobre as determinações legais a respeito do papel das instituições de ensino e dos conselhos profissionais. “A educação é um direito e um bem público, uma condição de desenvolvimento humano, econômico e social comprometida com a redução de desigualdades sociais e regionais”, citou Ritter, referenciando o Art. 205 da Constituição Federal, que trata sobre o direito à educação. Ele também comentou trechos da Lei nº 5.194/66, que regula o exercício das profissões de engenharia, “são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano”, destacou.

Durante a apresentação, o superintendente do CREA-PR trouxe reflexões sobre os pontos de convergência e divergência dos sistemas a partir dessa visão legal. “Seja no ensino, seja nos conselhos profissionais, o interesse econômico não é prioridade, por isso não é descrito nas referidas leis. Sabemos que o Brasil é o quinto maior mercado mundial para a educação. Embora seja um grande negócio, deve ser tutelado como um bem da sociedade”, ressaltou.

 O que nos aproxima e o que nos afasta?

Celso Roberto Ritter enfatizou a necessidade de uma atuação alinhada entre instituições de ensino e conselhos reguladores. Para um crescimento saudável da nação, tanto no aspecto social quanto no econômico, é fundamental que os dois sistemas mantenham diálogo aberto, focando na formação e direcionamento adequado dos profissionais de engenharia e geociências. “As discussões sobre os interesses, direitos e deveres de cada sistema sempre são intensas. Isso é bom: nós formamos uma massa crítica que, em conjunto, pode responder perguntas muito importantes para o nosso futuro. O que estamos fazendo pela educação? Que profissionais vamos receber nos conselhos regionais para trabalhar em prol da sociedade?”, concluiu o superintendente do CREA/PR.

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