Para inovar é preciso se desligar do automático

9 de novembro de 2020


Martha Gabriel destaca que não existe inovação sem método, não basta apenas a criatividade

 

O Brasil é um país muito criativo, mas se posiciona nos piores lugares no ranking da inovação, isso porque o brasileiro é bom de ter ideias, mas é ruim de implementar método”, dispara Martha Gabriel, engenheira, pensadora e influenciadora digital.  “Para que a inovação acontece é preciso de método, não adianta apenas criatividade”, frisa.

 

Martha define inovação como lançamento de serviços que sejam capazes de agregar valor de forma ampla e, especialmente, perceptível para o público, e é ele que determina o que é inovação. Resumindo, ela destaca: inovação é a criatividade emitindo nota fiscal. Portanto, “precisamos inovar por sobrevivência e ter uma vantagem competitiva, e pensar em melhorar e ir além a inovação é o caminho que te leva para melhorias”.

 

Para ela, engana-se quem pensa que inovar é trazer grandes transformações. “Na realidade, a inovação se inspira em pequenas melhorias no dia a dia como adaptação, substituição, combinação, ampliação, redução, outras utilizações, eliminação, reversão ou trazer de volta”.

 

Existem grande formas de inovar, e Martha cita: produto (iPod), processo (Fedex), serviços (Marido de Aluguel), modelo de negócios (Netflix) e ruptura (celular se tornando um computador na palma da mão).

 

Martha explica que existem várias maneiras de inovar, e mesmo assim, a inovação é muito difícil. Afirma que isso acontece porque não existem receitas de bolo. “Basicamente o que tem é método, ou seja, uma forma de fazer que revela solução e faz com que você replique esse tipo de solução”. E esses métodos de inovação surgiram de registros e modelagens a partir de pessoas e empresas que eram inovadoras, completa.

 

Martha afirma que a criatividade não é o primeiro passo da inovação, é o terceiro. “A inovação começa com a observação do público, do que é necessário fazer, daí vem a ideia para que a gente consiga implementar. A partir da pesquisa e criatividade vem o patrocínio, porque a inovação não é de graça”.

 

Ela sublinha que a motivação quase sempre vence o mero talento. “Inovar é difícil, a gente corre risco, mas vale a pena inovar porque quando se inova você tem a oportundidade de ter um retorno financeiro”.

 

Por fim, Martha recomenda que para se ter uma boa ideia é preciso observar, se desligar do modo automático. “Para a gente inovar é preciso ser criativo e para ser criativo é preciso ter ideia”.

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