Pondé e Mapu levam reflexões sobre sociologia e medicina ancestral para o Connect Week Summit

25 de junho de 2024


Filósofo e líder espiritual fizeram conexões com o mundo corporativo durante suas falas

 

‘O que a ciência dos dados nos ensina sobre o mundo, as pessoas e o trabalho’, foi a fala do filósofo Luiz Felipe Pondé, na palestra que abriu o segundo dia do Connect Week Summit, evento que acontece na Universidade Positivo até o final desta semana, dentro da programação do Connect Week Brasil.

 

Pondé iniciou destacando que o rastro que deixamos nos computadores é muito importante para as análises sociológicas por ser extremamente fidedigno, já que as pessoas não mentem suas ‘vontades’, para poderem receber as informações que desejam. Mas, diferente do que muitos pensavam antes da pandemia da Covid, a análise de rastros digitais não consegue por si só prever catástrofes, assassinatos ou pandemias. “Não conseguimos prever a Covid, foi um balde de água fria a eficiência deste tipo de rastro para este fim específico”, colocou.

Segundo o filósofo, para fazermos de fato o uso assertivo do consumo de rastros é necessário mecanismos de vigilância e rastreamento contínuos. “Hoje a vigilância da sociedade é muito maior que na Idade Média. As pessoas pensam que é ao contrário, que eles eram menos livres do que somos atualmente, mas naquela época não tinha um sistema que organizasse a sociedade. A questão da segurança é um dos fatores que aumentou a vigilância social e, realmente, não há como produzir segurança sem produzir controle. E isso é bom e é ruim, da mesma forma para o rastro de dados”, ressaltou

 

Ao responder questionamentos da plateia, Pondé opinou sobre a questão de como lidar com o conflito de gerações. “Esse conceito de geração X, Y ou Z é resultado do marketing americano. Ela ganhou ares sociólogos, pois o consumo tem a ver com comportamento, mas é um conceito da publicidade e precisamos nos atentar para não taxarmos nossos jovens em cima dele. De qualquer forma é importante os mais velhos se permitirem aprender com os jovens, e os jovens ‘baixarem a bola’ de que são os donos do mundo e entendem de tudo”.

 

Conexão ancestral

Seguido do filósofo Pondé, o líder espiritual Mapu Huni Kuin detalhou as características e os benefícios da medicina indígena. Mapu falou sobre Ayahuasca, Rapé, Kambô e Sananga. “Essas medicinas agem como cirurgias espirituais e seus efeitos, com o vômito, por exemplo, são a forma de jogar a tristeza, a angústia e as energias ruins para fora. Não é passar mal é se libertar daquilo que você não quer. Elas nos trazem para o presente”, explicou.

 

A conexão com a nossa ancestralidade é outro benefício, segundo Mapu, trazido pela medicina indígena. O líder espiritual citou a parceria com o DJ Alok, que foi introduzido na medicina por Mapu, e o qual o líder considera “uma pessoa de muita luz, que vai fazer a diferença no mundo”.

Mapu finalizou dizendo que considera o medo seu melhor amigo. “Quando ele diz que eu não vou conseguir, eu vou lá e faço. O medo bloqueia e segura a nossa energia, precisamos se abrir e enfrentá-lo”.

 

 

 

 

 

 

 

 

Inteligência Artificial

Fechando a manhã, o Governador do Paraná, Ratinho Júnior, anunciou na plenária do evento, a implementação de um plano de diretrizes para o uso de Inteligência Artificial no Executivo.

O Chefe do Executivo assinou uma parceria com a Google com o objetivo de desenvolver projetos para a utilização da Inteligência Artificial Generativa dentro do Paraná. O projeto de parceria está sendo desenvolvido desde março.

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