Ao integrar diversas dimensões, envolver stakeholders, adotar práticas sustentáveis, utilizar tecnologia, gerir riscos, desenvolver talentos e monitorar continuamente suas ações, as organizações podem alcançar uma gestão mais eficiente e eficaz
Com o tempo vão surgindo estratégias de gestão organizacional que ganham relevância nas empresas. É o caso da abordagem, conhecida como teia da governança. A ideia considera que todas as diferentes partes interessadas (stakeholders, processos, políticas e práticas) devem estar conectadas para influenciar a eficácia e a qualidade da governança.
Mestre em Gestão Empresarial e diretora da Zanetti Coaching, Susane Zanetti, reforça o conceito. “A teia da governança significa que todos na empresa devem ser responsáveis pela temática da governança. Não só a área de governança, mas cada setor ou pessoa dentro da organização deve ter o tema como sua responsabilidade”, observa.
Ao integrar diversas dimensões, envolver stakeholders, adotar práticas sustentáveis, utilizar tecnologia, gerir riscos, desenvolver talentos e monitorar continuamente suas ações, as organizações podem alcançar uma gestão mais eficiente e eficaz. As empresas não operam isoladamente, mas sim como parte de um ecossistema complexo onde todos têm um papel e impacto.
Premissa principal: ESG
Segundo Susane, atualmente, as premissas da teia da governança estão conectadas ao ESG, que abrange um conjunto de práticas voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial. De modo geral, o ESG mostra o quanto um negócio está buscando maneiras de minimizar os seus impactos no meio ambiente, de construir um mundo mais justo e responsável e de manter os melhores processos de administração. Estas três áreas devem ser princípios para que a organização seja considerada com boa governança.
Ao ressaltar a importância do tema, ela lembra que o Sebrae desenvolveu uma ferramenta para que as empresas possam avaliar seu desempenho e identificar os pontos de melhoria na aplicação de práticas relacionadas às diretrizes de ESG, buscando, assim, potencializar o seu impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
Susane esclarece que pessoas e empresas também podem se tornar obstáculos ao não colocar em prática as mudanças que passam a ser exigidas para a boa governança. “Mudanças de mentalidade não são simples, às vezes, implicam fazer o próprio trabalho de forma diferente do que fazia. Ou mudar o layout de um processo de fabricação ou um novo equipamento. Poderá haver necessidade de um budget para estas alterações e adaptações às novas exigências”, sustenta.
Boa governança como diferencial
De acordo com Susane, um artigo publicado no Portal do Sebrae esclarece como o ESG é fundamental para a gestão eficiente. Além de ser um diferencial competitivo e atrair investidores para o negócio, essas boas práticas trazem muitas vantagens. As empresas com ações de ESG correm menos riscos de enfrentar problemas jurídicos, trabalhistas e fraudes, por exemplo.
A boa governança reduz custos operacionais e eleva ganhos de produtividade, fideliza clientes que valorizam o consumo de produtos e serviços sustentáveis, melhora a imagem e reputação da marca e conquista melhores índices de satisfação, atração e retenção de talentos. No tópico ambiental, o ESG contribuiu para a emissão de greenbonds, que são títulos de dívida para projetos que promovem impactos positivos no meio ambiente e o acesso às linhas de crédito verde.
Mais do que uma tendência, as práticas de ESG são fatores de competitividade no ambiente de negócios em geral. “A sociedade e o mercado veem com bons olhos organizações que praticam essas ações e se preocupam com as questões ambientais, sociais e de governança”, finaliza.
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